V. Viver em Sociedade

A sociedade lusitana era composta por gentes de distintas origens étnicas, estatutos jurídicos e económicos muito diferenciados, grupos individualizados pelas suas práticas e formas de expressão.

Termas (sociedade)O substrato indígena não era homogéneo. A noção de «Lusitano» é romana. Aglutina várias entidades distintas, nas quais os indígenas verdadeiramente se reconheciam.

A estes Lusitanos somaram-se, num primeiro momento, os conquistadores Romanos – provenientes da Península Itálica – e, no seu encalço, as várias populações a quem a segurança do Império permitia a livre circulação.

A mobilidade social e cultural das populações concretizava-se através da romanização dos usos e costumes, primeiro, e, depois, da promoção dos estatutos pessoais.

A libertação do escravo, o enriquecimento individual e a concessão da cidadania romana aos notáveis foram fatores de integração numa sociedade complexa.

Sociedade de homens e para homens, por eles governada, mas onde a mulher, a criança – todos, em suma – encontraram a sua forma própria de expressão.


No catálogo pode ficar a conhecer mais sobre este tema através do artigo:

  • “Viver e morrer em sociedade, na Lusitânia romana” de Virgílio Hipólito Correia.
Busto de El Panadero
Busto-retrato de um defunto
Área da necrópole oriental, Mérida
Época tiberiana (14-37 d. C.)
39 cm
Museo Nacional de Arte Romano, Mérida
CE00687