III. A Plena Integração do Território Lusitano
Octávio, designado Augusto, a partir de 27 a. C., foi o artífice da organização das províncias e, na sua viagem à Gália e Hispania, entre 16 e 13 a. C., decidiu criar uma nova província, a Hispania Ulterior Lusitania, que abrangia as regiões herdeiras dos Celtas do sul, dos Lusitanos e dos Vetões.
Aqui estabeleceu cinco colónias de cidadãos romanos: quatro em cidades já existentes, Scalabis, Santarém, Metellinum, Medellín, Norba, Cáceres, Pax Iulia, Beja e uma nova, Augusta Emerita, Mérida, a capital, em 25 a. C. Através das colónias e dos municípios, promovia o controlo das populações e protegia os interesses dos cidadãos romanos.
Progressivamente, desenvolveu-se a vida política com a organização das comunidades, das autoridades locais, onde as famílias mais influentes ligaram as populações urbanas e rurais, adaptando- se a uma «cultura do Império». Para melhor administração de tão vasto território, estabeleceu-se uma extensa e complexa rede de estradas e pontes, como a de Mérida, sobre o rio Ana, Guadiana, ou a de Alcântara sobre o rio Tagus, Tejo.
Os marcos miliários, indicadores das distâncias entre locais, comprovam-nos os trabalhos realizados para o estabelecimento e a melhoria destas vias de comunicação.
No catálogo pode ficar a conhecer mais sobre este tema através dos artigos:
- “A criação romana da Lusitânia” de Patrick Le Roux.
- “Rede viária e a rede urbana na Lusitânia imperial” de Vasco Gil Mantas.
- “A fundação de Augusta Emerita” de José Carlos Saquete Chamizo.
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Estátua equestre Palácio de Mayoralgo, Cáceres Final do século I a. C. 58 × 55 × 29 cm Museo de Cáceres. Depósito da Junta de Extremadura D2.811 |