IV. As Cidades Lusitanas
Ao concluir as guerras que empreendeu contra Cântabros e Ástures, Augusto, o Princeps, o imperador, decidiu fundar, no ano 25 a. C., a colónia lusitana que recebeu o nome de Augusta Emerita, por causa precisamente do seu nome e porque nela se estabeleceu um grande número dos veteranos das suas legiões.
A sua ideia era centrar nesta nova colónia a administração de uma área geográfica que, no seu programa de reorganização do território hispânico, se iria converter numa nova província, entre 16 e 13 a. C.
A sua localização, no centro das «Vegas del Guadiana», as planícies férteis do rio Guadiana, determinou uma mudança fundamental no sistema de comunicações, centrado na nova colónia, estabelecendo a ligação entre as terras do sul e as ricas jazidas de metais de Cáceres, de Salamanca e de Médulas.
Para Ocidente, ligava-se aos estuários do Sado e do Tejo, aos relevantes portos de Salacia, Alcácer do Sal e Olisipo, Lisboa, que assim se converteram nos locais por onde o Império Romano entrava na Lusitânia e através dos quais a província exportava os seus primores.
No catálogo pode ficar a conhecer mais sobre este tema através do artigo:
- “A cidade: entre a tradição indígena e o modernismo romano. Reflexões sobre uma nova experiência para os lusitanos” de Thomas Schattner.
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Tábua de hospitalidade Juromenha, Alandroal, Évora 31 d. C. 37,5 × 29 × 4 cm Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa 2000.40.1 |