IX. A Lenta Transformação
476 d. C. marca simbolicamente a queda do Império Romano do Ocidente e a conclusão de um processo de transformações importantes, iniciado no século III d. C., quando o poder político de Roma se habituou a enfrentar rebeliões e levantamentos dos povos que integravam o Império ou com o qual confinavam.
Entre estas transformações, inclui-se a adoção do cristianismo como religião oficial do Império, por parte do imperador Teodósio, em 380 d. C., de grande impacto na sociedade e no futuro do Império.
Nos finais do século III d. C. e durante o século IV d. C. assistimos ao auge das villae, monumentalizadas pela grande oligarquia, como símbolo de prestígio.
No princípio do século V d. C., no Ocidente do Império, registaram-se sucessivos movimentos de povos germânicos que cruzaram a fronteira e não só não se submeteram a Roma, como se revoltaram contra ela.
A invasão de Augusta Emerita pelos Alanos em 409 d. C. não levou ao abandono pelas populações da Lusitânia das terras que habitavam.
Nos séculos seguintes, a falta de poder e de um governo centralizado, que aglutinasse a vida na Lusitânia, deu lugar a uma evolução desigual do seu território.
No catálogo pode ficar a conhecer mais sobre este tema através do artigo:
- “A lenta transformação” de Enrique Cerrillo Martín de Cáceres e María Cruz Villalón.
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Placa da lua Mérida Séculos VI-VII d. C. 60 × 50 × 6 cm Museo Nacional de Arte Romano, Mérida CE26793 |